Será que o difícil foi passar no vestibular? Realmente deve ter sido penoso, porém recompensador, pois ora, agora a universidade está ao alcance.
E aí vêm as adversidades da universidade: os professores descompromissados; sua falta de paciência para determinados assuntos e atividades; péssima ou ausência de infraestrutura que garantam qualidade ao ensino superior; horas e horas de estudo para fazer provas que não avaliam a realidade profissional, mas sua capacidade de armazenamento/memorização de conteúdos (que muitas vezes não serão necessários a sua prática profissional).
Mesmo com todo esse longo percurso, há alegrias; novas e boas amizades; momentos de aprendizado; bons resultados. Afinal, nem tudo é um mar de rosas e sempre pode melhorar. Falando em melhorar... A graduação acaba e, com seu fim, consegue-se um diploma que abrirá uma nova jornada; o surgimento de um novo ciclo, o profissional.
Nesse momento, percebe-se que tudo o que ficou para trás teve sua parcela de dificuldade, contudo nada supera o desafio do mercado de trabalho. E sabe por quê? Preste atenção na palavra ‘mercado’. Isso já pressupõe a ideia de um local para compra e venda de algo. Isso mesmo. O mercado abordado neste texto é um contexto abstrato (porém real) onde um patrão compra sua força de trabalho e que, por vários motivos, sua força de trabalho é vendida em uma relação que pode não ser a tão sonhada ou a mais leal.
Não se assuste à toa, apenas reflita e encare a sociedade do jeito que ela se apresenta. A Ciência da Nutrição é bela, importante para a vida. É tão importante que hoje o leque de opções de trabalho é bem variado. Se quiser fugir da relação acima citada, é preciso remar contra a maré. Dispor e oferecer sua capacidade de trabalho nos campos de real enfrentamento das amarras da sociedade (incluindo, nesse contexto, seu modo de produção), ou seja, trabalhar para quem realmente necessita.
Há uma pergunta fundamental: quem paga a universidade? Sabendo a resposta, a carreira profissional sempre estará no caminho certo.
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